As mulheres cientistas estão a liderar investigações inovadoras em todo o mundo. Mas, apesar das suas descobertas notáveis, as mulheres ainda representam apenas 33,3 %* dos investigadores a nível mundial e o seu trabalho raramente obtém o reconhecimento que merece. Menos de 4 % dos Prémios Nobel da Ciência foram atribuídos a mulheres e apenas 11 %* dos cargos superiores de investigação são ocupados por mulheres na Europa.

No momento em que o mundo se encaminha para um futuro ameaçado pelas alterações climáticas e pela escassez de recursos, a comunidade científica mundial deve reconhecer e promover sem demora as realizações das mulheres cientistas.

A Fondation L'Oréal e a UNESCO têm trabalhado em conjunto há mais de 20 anos para ajudar a capacitar mais mulheres cientistas para alcançarem a excelência científica e participarem igualmente na resolução dos grandes desafios que a humanidade enfrenta.

Até à data, atribuímos mais de 100 prémios, cinco dos quais vieram a ganhar Prémios Nobel.

Trabalhando nas Ciências Físicas, Ciências Formais e Ciências da Vida em cinco continentes diferentes, estas eminentes mulheres investigadoras estão a ajudar a mudar o mundo através das suas descobertas, e são também modelos para as gerações mais jovens de mulheres investigadoras que querem prosseguir as suas carreiras científicas e quebrar o teto de vidro.

Todos os anos, os programas L'Oréal-UNESCO Para as Mulheres na Ciência também apoiam mais de 250 jovens investigadoras talentosas. Através dos seus 52 programas regionais e nacionais, a Fondation L'Oréal e a UNESCO apoiam-nas num período crucial das suas carreiras, durante as suas teses ou estudos de pós-doutoramento.

No entanto, devemos lembrar que ainda há muito a fazer para alcançar uma verdadeira igualdade de género na ciência. Mas continuamos determinados e estamos a avançar firmemente para tornar a nossa visão uma realidade. Um dia, viveremos num mundo em que as raparigas são encorajadas a estudar ciência, em que as mulheres têm apoio adequado para equilibrar as responsabilidades da investigação e da maternidade e em que os cientistas são julgados exclusivamente com base no mérito das suas descobertas e no potencial do seu trabalho para mudar o mundo.

*Relatório da UNESCO sobre a Ciência: rumo a 2030 (2021)